sexta-feira, 25 de maio de 2012

VIDA SEM MOLDURA




Quero beber-te em uma fina taça.
Esquecer o quanto foste o meu desejo.
As magoas que me afoga e me devassa.
Nas carícias e na esmola de um beijo!

Sepultar-te-ei, alegria e desgraça.
Paginados em enganos desfeitos,
A procura de alguém que satisfaça.
Meus desejos por ti não satisfeitos.

A saudade é dolorida e amarga.
Cobre o coração imensa chaga.
Minha alma serena, consciente;
Vaga solta e transparente.
Ao encontro do nada.

Não poder recordar com brandura,
Nem tão pouco ter direitos.
Minha vida em ruína,
Só encontrastes meus defeitos.

Tela esbranquiçada.
Sem moldura.



Antonio Ramos
CA 22-03-12



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