segunda-feira, 28 de maio de 2012

AGONIA


Bebo-te em insônia,
Circunscrito em plena madruga
Abjeta e fria.
Na sofreguidão que incito
Momentos de euforia.

Tórrida paixão, ofega, explicita
Ínsita e me devassa.
A solidão navega e vasa
Pela cortina de fumaça.

O cigarro me traga.
Um corpo em brasa.
Bebo a cachaça
Nos lábios que escorria
Na vidraça.

Fadigo, me desgraço
Sem graça, adormeço.
Noite plena e fria
Embaso
Dentro de um litro
De cachaça.

Antonio Ramos
C A 12-05-12

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