Leio
a poesia que ainda não fiz,
E
a que fiz,
Faz-me
sentir.
Sem
precisar mostrar a beleza aos cegos,
Nem
falar a verdade aos surdos,
Nem
mentir para alguém que me escute,
E
nem desapontar os olhos de quem me vê!
Sou
folhas de um livro sem capa,
A
espera de um abraço,
Que
me encapa.
Ainda
que o dia esteja turvo.
A
tempestade por traz dos montes passa!
As
inspirações deixam-na que nasça...
Entremeio
as palavras, me curvo.
Submerso,
levanto-me, calo e cresço.
Às
vezes não me conheço...
Só
padeço
Quando
a palavra estremece
E
a vida fica pelo começo.
Antonio
Ramos
C
A 10-05-12
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