Meus pés não tinham
um rumo.
Minha alma não
tinha um prumo.
Meu corpo não tinha
dono,
Eu mesmo não o
possuía.
Mas tinha um preço!
Navegava a deriva...
Era navio perdido, sem
porto.
Afundava nos bares
da vida.
Mulheres por mim
passaram;
Seres que jamais
tornei a ver.
Seios que acariciei.
Lábios que beijei.
Corpos que pude ter,
E nunca se
encontraram.
Pisando na areia da
praia,
O mar lambe meus dedos,
Eu deveria retribuí-lo,
Mas ele não pede.
Gemidos de prazer
vibram
Em meus ouvidos sem medos.
Agora é o silvar do
vento
Que me impede.
Antonio
Ramos
C A 28-03-12
Muito belo!!! Realmente impressionante!! Muito bom!!!
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