sexta-feira, 25 de maio de 2012

FOLHAS DE OUTONO


Caí ás folhas, mantém-se ás raízes.
No outono do meu rosto, a lua é cheia.
A noite fria, eu só encontro monotonia.

Arde ao ver o brilho fosco dos dias,
As horas de sol vão diminuindo...
Até a clorofila se esconde!

O vento empurra as folhas secas.
Arvores descascada e flores mortas.
Ciclo tosco, funesto, envelhecido.
Decomponho-me adormecido.
Fertilizando o solo.

Renasce nostálgico.
Amarelo, dourado que reluz também.
Na brisa do ar, folhas soltas,
Estrelas cadentes.
Cores e desejos. São carícias e beijos
Na face do chão.

Antonio Ramos
C A 21-04-12

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