segunda-feira, 28 de maio de 2012

DOCE GESTO


Queria tanto ser o vento que penteia os teus cabelos.
O sol que doura o teu corpo; numa linda manhã de primavera.
Onde o beija-flor beija a flor, as abelhas, o néctar das rosas.
Meu jardim florindo, sorrindo feito aurora.

Eu queria ser para você, nada além daquilo que imaginas,
Ser um passo perfeito, uma direção correta, ou
Simplesmente algumas páginas; onde contidas recordações,
No canto escuro lembraras que não foi mero acaso.

Intensamente as emoções pulsaram em compasso lírico de uma grande orquestra regida pelo coração.
O medo até se distraiu!
Tantas confidências trocadas.

Noites, não dormidas.
Pensamento alados!
Aguardando o amanhecer por dores comprimidas,
E sentimentos calados.

Quanta irresponsabilidade!
Agora aqui, madrugada fria, ventos delirantes.
Penso que daqui a pouco poderá ser o ultimo...

Degusto o ultimo chocolate
Como se fosse um DOCE GESTO, de
Uma correspondência extraviada.

Antonio Ramos
SBS 03-08-11

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